Voluntários para trabalho de acompanhamento dos mandatos dos vereadores. Quem se habilita?

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Ideia é divulgar um relatório semestral das atividades da Câmara

Pessoal, preciso de voluntários para um trabalho de monitoramento dos mandatos dos vereadores de Penha. É bem simples: a ideia é dar publicidade às proposituras, divulgar os gastos dos parlamentares, acompanhar as sessões na Câmara às segundas-feiras e, a cada seis meses, apresentar um relatório sobre as atividades do Legislativo penhense.

A iniciativa visa aproximar as pessoas ao dia a dia da atividade política e é um excelente instrumento de avaliação de mandato. Servirá de apoio para a próxima eleição. Estas avaliações não devem ser vistas como uma crítica aos vereadores e, sim, como incentivos para melhoria de desempenho.

Afinal, quem trabalhar bem, com certeza merecerá o seu voto.

Quer participar? Confira abaixo as condições

  • Pessoas a partir de 18 anos;
  • *Não pode estar filiado ou filiada em partido político no primeiro dia do trabalho de monitoramento (a definir conforme a procura);
  • Não pode ser parente em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, ou por
    afinidade, até o terceiro grau, de vereadores, servidores da Câmara ou da Prefeitura;
  • Conhecimento básico de Excel;
  • Disponibilidade para acompanhar algumas sessões da Câmara;
  • Disponibilidade para encontros e treinamentos em alguns finais de semana;

Ficou interessado ou interessada? Mande um e-mail para raffajornal@hotmail.com.

*A questão da filiação política não impede que a pessoa tenha simpatia por determinado vereador ou vereadora. O importante é que esta simpatia não interfira na avaliação dos dados coletados.

Até quando a desculpa “mas ele acabou de começar” vai blindar o prefeito Aquiles das críticas?

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O prefeito Aquiles durante reunião com a Associação de Moradores da Prainha de São Miguel (divulgação)

Hoje é dia 19 de janeiro.

Faz 19 dias que Penha é comandada pelo prefeito Aquiles da Costa (PMDB). Pouco mais de duas semanas no cargo. A turma que hoje é oposição não está nem aí e tem pressa: basta acompanhar as redes sociais. Ex-secretários, ex-chefes de setor, ex-um monte de coisas disparando críticas na velocidade da luz. É compreensível.

Agora situação, a turma do PMDB e os apoiadores estão perdidos no meio dessa enxurrada de críticas e acusações. Quem antes respondia “A tua teta vai secar, tu vai ficar sem emprego”, hoje responde “Estamos averiguando a situação”. Êta, mundão que gira.

Quem não trabalha na prefeitura ou não tem ligação com partido político tem feito a defesa do prefeito Aquiles com a desculpa de que “ele acabou de começar”. Esse argumento cola porque, de fato, Aquiles mal começou a governar. Queriam o quê? O Mariscal drenado e calçado em 19 dias? Nem no Japão, amigo.

Porém, vai chegar o momento em que essa desculpa do “ele acabou de começar” não vai mais colar. Quando? Não sei. Conversando com um colega hoje, ele chutou um número: 60 dias. Eu até tinha pensado em 90, já que é um tempo razoável para fazer licitações, obras e reparos maiores.

Mas, em apenas de 19 dias, o prefeito já fez a lição de casa. Praças com mato roçado, tubulação na rua dos Bento na Santa Lídia (há 8 anos esperando), comissionados trabalhando a mil por hora e uma cidade que começa a ganhar uma cara nova. Tomara que não seja a síndrome do Cavalo Paraguaio. De verdade.

Que a desculpa “ele acabou de começar” não feche os nossos olhos para possíveis deslizes. O agente público tem que andar na linha. Do primeiro ao último dia do mandato.

O mandato de um ano para presidência da Câmara de Penha e a farsa da democracia

A última sessão da Câmara de Vereadores de Penha marcou a segunda votação do projeto que reduz para um ano o mandato de presidente da Casa Legislativa. A iniciativa partiu dos vereadores do PMDB, Maria Juraci Alexandrino e Sérgio de Mello.

Na primeira votação, o projeto foi muito discutido em plenário e passou com 9 votos favoráveis e duas abstenções dos vereadores Felipe Schmidt (PSD) e Jesuel Francisco Capela (PSDB), o Juju. AQUI eu explico como foi a votação.

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Os vereadores da próxima legislatura: Luizinho, Maurício, Silas, Joaquim, Juju, Juraci, Italiano, Isac, Regiane, Lito e Toninho

O PMDB usou dois argumentos para defender a proposta: a divisão do mandato da presidência feita entre Felipe e o atual presidente Clóvis Bergamaschi (DEM), e a tal da democracia.

O primeiro argumento é coerente. Se Felipe e Clóvis dividiram o mandato de comum acordo, sem atrapalhar os trabalhos da Casa, que mal teria prever essa troca em lei? Felipe foi presidente em 2015 e, Clóvis, em 2016.

Democracia é história para boi dormir

Mudar a lei para reduzir o mandato da presidência foi a única forma que o PMDB encontrou para evitar a guerra entre os quatro vereadores do partido em 2017: além da reeleita Juraci, os vereadores Everaldo Dal Posso (Italiano), Professora Regiane e Maurício Costa (Lito).

Com a aprovação da lei, os quatro anos ficam divididos entre os quatro vereadores do PMDB. Há quem diga que Isac da Costa (PR) e Maurício Brockveld (Pros), ambos da coligação que elegeu Aquiles da Costa (PMDB) prefeito em outubro, também terão espaço na cadeira mais cobiçada da Câmara.

Veja bem, já estamos falando de seis vereadores. Teríamos mandatos de seis meses para presidente da Câmara?

Percebe como o argumento da democracia só cola para o lado mais forte? É democrático dividir o mandato da Mesa entre os vereadores? Claro que é! Mas, do jeito que está, essa lógica só vale entre os vereadores da base do prefeito eleito.

Democracia?

Vereadores de Penha se unem para criar 11 cargos de assessor de gabinete; nós vamos pagar a conta, é claro!

A partir de 2017, os 11 vereadores de Penha terão direito a assessores de gabinete. Isso, é claro, se o projeto para reduzir em um ano o mandato de presidente da Câmara for aprovado. É a famosa troca de favores no melhor estilo “uma mão lava a outra”.

Ou seja, os dois projetos passarão.

Semana passada, escrevi sobre a intenção do PMDB em dividir a presidência do Legislativo com os quatro vereadores do partido a partir do ano que vem: Professora Juraci, Italiano, Lito e Professora Regiane. Hoje, o mandato é de dois anos e reduzir para um é uma forma de agradar a todos, não criar conflitos e passar os próximos quatro anos sem atropelos ou surpresas.

O pai da ideia, vereador Sérgio de Mello (PMDB), garante que tem os 8 votos necessários para mudar a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara ainda este ano. Ele colocou no bolso os votos dele e da Juraci, pelo PMDB, tem o apoio dos democratas Clóvis e Toninho, e deve incluir na conta o sim de Isac (PR), Márcia Pinheiro (PSDB) e Claudinei (PSDB). Resta saber de quem é o oitavo voto. Será que Felipe (PSD), Jefferson (PSB), Tibeco (PSDB) e Juju (PSDB) embarcarão nessa?

Se o mandato de presidente da Casa não for reduzido esse ano, a tarefa fica para 2017. Com a Câmara na mão a partir do ano que vem, o PMDB não terá dificuldade em aprovar a mudança.

“Um assessor para chamar de meu”

Ter um assessor por gabinete é algo que agrada a todos os vereadores. Para isso, a Câmara estuda extinguir o cargo de procurador jurídico (comissionado) e outras duas cadeiras preenchidas por chegados do presidente. O salário dessa turma, somado, beira os 10 mil reais. É com parte dessa grana que os 11 assessores serão bancados. O que faltar, é claro, fica na conta do povo.

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Raffael do Prado
raffajornal@hotmail.com